quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Empresas envolvidas em escândalo fizeram obras em sítio usado por Lula

Um consórcio envolvendo empresas investigadas pela operação lava jato - também acusadas de participarem no escândalo do suposto uso do apartamento triplex usado como pagamento a Luíz Inácio Lula da Silva em esquema de tráfico de influência - realizou obras em sítio frequentado pela família do ex-presidente, em uma área luxuosa de Atibaia, São Paulo. Conforme matéria publicada no site do jornal Folha de São Paulo, a Odebrecht e a OAS (que construiu o triplex no Guarujá, o qual ganhou notoriedade na operação "triplo X") participaram das obras na propriedade. Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreeiteira envolvida nos esquemas de corrupção coordenados por integrantes do Partido dos Trabalhadores, já foi preso - os resultados da atual investigação poderão determinar se Lula também terá de enfrentar condenação à cadeia.
Marcelo Odebrecht, preso no escândalo de corrupção. Sua
construtora foi a principal responsável pelas obras no sítio
usado por Lula
Imagem: Estação da Notícia

De acordo com a matéria publicada na Folha, as obras no sítio começaram ainda durante o segundo mandato de Lula, no ano de 2010. O pecuarista José Carlos Bumlai, que também está envolvido nas obras realizadas no sítio, foi preso em novembro. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, íntimo de Lula, foi condenado a 16 anos de cadeia, mas poderá se livrar da pena através de recurso. Ainda segundo o veículo de comunicação, Patrícia Fabiana Melo Nunes, de 34 anos, ex-dona de loja de materiais de construção, disse ao jornal que a maior parte da obra feita no sítio foi conduzida pela Odebrecht - foram gastos aproximadamente R$500 mil, apenas em materiais.

Conforme a revista Época, Lula e sua família viajaram mais de 110 vezes para a propriedade reformada pelas construtoras envolvidas no esquema de corrupção. A revista ainda informa que a Odebrecht teria gastado R$700 mil nas obras. Seguranças teriam sido pagos para vigiar a localidade frequentada pela família do ex-presidente. Na versão divulgada por Lula, o sítio pertenceria a "amigos seus".

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Publicado por Em Busca da Verdade em Segunda, 18 de janeiro de 2016


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