quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Donald Trump convida Elon Musk para equipe de conselheiros

O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o empresário e inventor Elon Musk para sua equipe de transição - Musk deverá ocupar cargo de conselheiro da nova administração. O fundador da Tesla é considerado um dos maiores inovadores da década, e foi responsável pelo desenvolvimento de inúmeras tecnologias de aproveitamento de energia solar  e novas formas de transporte - incluindo modelos de carros guiados por piloto automático.

Na equipe de conselheiros, Trump também incluiu gestores ligados ao Uber, à Amazon e ao Facebook. Donald Tump afirmou que "esses são nomes de algumas das mais inovadores e vibrantes empresas do mundo", e que "a nova administração trabalhará unida ao setor privado para aprimorar o ambiente de negócios e fazer com que empresas percebam os Estados Unidos como um bom território para investimentos". O presidente afirmou que considera importantes as opiniões dos grandes gestores "sobre como impactar positivamente o crescimento econômico e criar mais empregos". Uma das principais bandeiras do novo chefe do Executivo, durante a campanha presidencial, foi o controle do desemprego - os Estados Unidos passam por uma grave diminuição nos números de postos de trabalho, desde a crise de 2008, e a situação piorou ao longo dos últimos anos, nos quais boa parte da população tornou-se diretamente dependente de programas de seguridade social para a subsistência.

O novo líder dos Estados Unidos afirmou que seu objetivo é obter aconselhamento "não-partidário e não-burocrático de algumas das mais brilhantes e melhores mentes dos negócios". Elon Musk, possível conselheiro, é visto como um dos empresários mais ousados e bem-sucedidos da década de 2010: a Tesla Motors é considerada a empresa desenvolvedora de carros elétricos de melhor aceitação no mercado, e uma das iniciativas do inventor, a SpaceX, deverá, nos próximos anos, realizar a primeira viagem tripulada a Marte. Musk, que é chamado de "o 'Homem de Ferro' da vida real", declarou que alguns dos objetivos de suas companhias são "mudar a matriz energética dos sistemas de transportes internacionais" e "iniciar o processo de colonização de Marte". O empreendedor também desenvolvou projetos de transporte coletivo e o produto conhecido como Solar Roof - o primeiro sistema de telhado composto inteiramente de dispositivos capazes de absorção da energia solar, para reaproveitamento e redução do consumo de energia de outras fontes.

Mais sobre o tema - matéria do canal Wochit News, do Youtube, sobre a equipe de conselheiros sugerida pelo novo presidente dos Estados Unidos:

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Joice Hasselmann - "Lava Jato provocou implosão na classe política"

A jornalista Joice Hasselmann publicou vídeo em seu canal oficial no Youtube, onde comentou as últimas delações feitas pela construtora Odebrecht - na opinião da colunista, as novas informações promoveram uma verdadeira "implosão" da classe política, e mostraram que diversas outras personalidades relevantes do Legislativo estavam comprometidas com os escândalos de corrupção. Os novos relatos acusam Michel Temer e integrantes de seu governo de participação ativa em troca de influência para beneficiar grandes construtoras - a administração nega as acusações. Renan Calheiros, já acusado anteriormente de participação em sistemas parecidos, também foi mencionado durante as investigações da força-tarefa.

Segundo Hasselmann, "a última delação da Odebrecht colocou toda a classe política 'em um pacote só': as revelações indicam que todos podem estar igualmente envolvidos nos escândalos de corrupção". Ela informa que "Renan Calheiros também foi denunciado, durante os últimos relatos feitos à Operação Lava Jato. Pela primeira vez, Renan foi denunciado - por Rodrigo Janot. O político foi citado como tendo recebido mais de dois milhões de reais. As informações também sugeriram a participação de outros políticos nos esquemas de corrupção, incluindo nomes do PSDB, PT e PMDB. Romero Jucá também foi um nome mencionado nas últimas denúncias como tendo sido favorecido pelo esquema que envolveu a Odebrecht".

Joice Hasselmann também informa que líderes importantes do PSDB receberam quantias no esquema de corrupção - Aécio Neves, conforme as delações, "teria recebido 15 milhões de reais. Isso ocorreu antes das campanhas eleitorais". Todavia, a jornalista acredita que os valores podem ser maiores: "as quantias mencionadas parecem pouco - dois milhões de reais [para algumas das personalidades mencionadas] 'é dízimo'". Hasselmann acrescenta que "Rodrigo Janot não gostou da postura do STF, de considerar Renan Calheiros impossibilitado apenas de fazer parte da linha sucessória do presidente, mas não privado de ocupar a liderança do Senado", em decorrência da gravidade das acusações contra o parlamentar alagoano.

Para a colunista, "a situação está grave para o governo. Boa parte do governo está citada, a oposição foi citada - a delação da Odebrecht alcançou gregos e troianos. Agora, a administração está se unindo, no que parece ser o abraço dos afogados. Muitos dos grandes nomes não tem conseguido apoio popular, e isso está levando as lideranças dos partidos envolvidos ao desespero".

Veja na íntegra a primeira parte do comentário de Hasselmann sobre as delações:


Parte dois do comentário - Joice Hasselmann fala sobre quantias recebidas por lideranças políticas do governo e da oposição:

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Reforma da aposentadoria é criticada por oposição e por governistas

A reforma da previdência, considerada necessária pelo governo e pela oposição, está sofrendo críticas de ambos os grupos - os defensores da tese liberal afirmam que as modificações não alcançam militares e que os gastos governamentais continuarão altos, mesmo com as novas regras, especialmente nos altos cargos da administração pública e nos cargos comissionados, que existem em grande quantidade e com grandes remunerações. Os adversários da proposta afirmam que a mudança pesará mais sobre os trabalhadores com piores condições de renda.

Para os defensores da reforma, a necessidade de mudanças no sistema de aposentadoria é urgente - o governo brasieiro está severamente endividado, e a seguridade social não oferece mecanismos de arrecadação que acompanhem os gastos. Para os reformistas, a comparação com "esquemas Ponzi" é válida - essa modalidade de fraude beneficia seu iniciador absorvendo recursos financeiros de "sócios", que não conseguem recuperar seus recursos com uma prometida continuidade da operação. Ao mesmo tempo, a aposentadoria no Brasil beneficia injustamente os funcionários dos altos cargos da administração pública - com destaque para os ocupantes de empregos estatutários. Os estatutários recebem aposentadoria integral, ao contrário de todos os trabalhadores brasileiros, e os salários desse grupo do funcionalismo público podem alcançar valores superiores a R$25.000,00 reais por mês - muitas vezes mais do que o máximo oferecido pelo INSS. O volume dos gastos nesse mecanismo de aposentadoria é apontado como uma das razões para a superação do endividamento do país.

Os críticos das mudanças, todavia, afirmam que a proposta irá preudicar muito mais os trabalhadores em piores condições financeiras - pessoas com melhores salários poderão beneficiar-se de mecanismos de aposentadoria privada. Para todos os trabalhadores que não estão no modelo "estatutário", a única forma de receber uma aposentadoria similar ao valor recebido pelo salário é através de alternativas em instituições bancárias. O combate ao endividamento do Estado, na opinião dos críticos, também poderia ser conseguido através das reduções dos salários dos cargos mais bem-remunerados do setor público. Críticos e reformistas também sugerem que os benefícios de outras naturezas oferecidos à alta administração são um problema. A proposta de reforma foi qualificada como "drástica", tendo em vista a amplitude das mudanças.

A Rádio Jovem Pan realizou debate sobre o tema - confira na íntegra a discussão sobre a proposta de reforma do sistema de aposentadoria do Brasil:

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Manifestações apontam rejeição popular a Renan Calheiros

Nas manifestações do último domingo, Renan Calheiros, líder do Senado, foi duramente criticado. A expressão de revolta popular contra o político foi comparada com "o que ocorreu com Eduardo Cunha", há poucos meses - o ex-deputado foi condenado à cadeia, pelo juiz Sérgio Moro, aclamado nas demonstrações populares. Calheiros foi criticado por decisões políticas entendidas por seus críticos como "manobra para restringir a ação do Judiciário", que levou à prisão de lideranças políticas importantes, em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

De acordo com o site de notícias "Folha Política", Calheiros teria sido "humilhado" pelas manifestações populares. O senador estaria "completamente desmoralizado" - o site de notícias GloboNews informa que o político não participou de forma significativa dos trabalhos do Senado, nesta segunda-feira. Os veículos de comunicação destacam a semelhança entre o que ocorreu com Eduardo Cunha e o processo de "desmantelamento" do sucessor à presidência, que foi, hoje, afastado de seu cargo, em decorrência das investigação que podem levar à sua detenção.

O jornal Zero Hora destaca que Calheiros foi "o alvo" principal das manifestações de massa - a revolta popular teria sido instigada pelos esforços de Renan Calheiros para aprovar o pacote de medidas que iria instituir, conforme os críticos, severas restrições à atividade do Judiciário e das polícias, em investigações de crimes de corrupção como os revelados na Operação Lava Jato. Calheiros foi acusado de coordenar com a Câmara a aprovação da "lei contra o abuso de autoridade" - a casa também possui grande quantidade de políticos investigados pela Polícia Federal. O juiz Sérgio Moro, que ganhou desaque pela punição a diversos nomes importantes da política nacional, criticou severamente o projeto de lei, e afirmou que, na redação apoiada por Calheiros, a norma iria instituir o "crime de hermenêutica", visto como prática comum de regimes autoritários.

O parlamentar foi severamente criticado por lideranças como Ronaldo Caiado e Cristovam Buarque - Caiado afirmou que a votação favorável à lei que instituiria o "crime de hermenêutica" seria uma "afronta" à opinião do povo, e que o Legislativo enfrentaria resposta severa através de manifestações populares.

Mais sobre o tema - reportagem da Rádio Jovem Pan sobre as manifestações:

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Em vídeo - Fidel Castro defendia aplicação de censura aos meios de comunicação

Um trecho de entrevista publicado nas redes sociais mostra o ditador cubano Fidel Castro, que morreu na última sexta-feira, argumentando a favor da censura aos meios de comunicação, como a aplicada no país caribenho. Na opinião de Castro, "o governo de Cuba não possui o mesmo conceito de liberdade de expressão existente nos países ocidentes. É impossível surgir, em Cuba, um jornal que faça críticas ao socialismo". Por ocasião da morte de Castro, o regime cubano foi acusado de promover fuzilamentos e torturas contra dissidentes. O vídeo foi disponibilizado com legendas em português pelo canal Embaixada da Resistência, do Youtube. 

Conforme a entrevistadora, em Cuba, "os jornais, as rádios, as redes de televisão e as produtoras de filmes são propriedade do Estado. Nenhuma dissidência ou oposição é permitida na comunicação social". Ao comentário, o ex-ditador responde: "nós não temos as mesmas concepções. Nós não temos o mesmo conceito de liberdade de imprensa existente nos Estados Unidos. Eu digo isso abertamente. Não tenho que esconder nada. Se nos perguntarem se aqui pode aparecer algum jornal contra o socialismo? Sinceramente, isso não pode surgir".

O sistema de censura aplicado no regime comunista cubano é similar ao que foi colocado em prática na extinta União Soviética, através da agência governamental conhecida como GlavLit. O sistema socialista, com inspiração na teoria marxista, afirma que todos os meios de comunicação devem ser propriedade Estatal, em concordância plena com as diretrizes estabelecidas pelo Partido Comunista. O modelo também é aplicado na República Popular da China e na República Democrática Popular da Coréia (Coréia do Norte) - os dois são governos que seguem a ideologia marxista-leninista. A proposta dos regimes totalitários sugere que há unidade de interesses entre o partido dominante e o proletariado - conforme Lenin, o partido representaria a "vanguarda do proletariado", e qualquer crítica á organização seria uma crítica direta à classe trabalhadora. A partir da justificativa ideológica, o sistema cubano predeu e executou grande número de opositores, desde a revolução que colocou Fidel Castro e seu irmão, Raúl, no poder.

A estimativa oficial aponta que cerca de 20.000 pessoas foram executadas pelo regime comunista cubano, e muitas outras foram encarceradas e submetidas a trabalhos forçados pelo sistema. Organizações como a Anistia Internacional denunciam a persistência da opressão governamental contra grupos oposicionistas ou que reivindicam melhores condições de vida para os críticos do partido dominante.

Em vídeo - Fidel Castro fala sobre a censura em Cuba:


Rádio Jovem Pan - comentário sobre Fidel Castro:

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