quarta-feira, 28 de junho de 2017

Líder do Partido dos Trabalhadores prega "confronto aberto nas ruas", se Lula for condenado

O presidente do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro declarou que haverá "confronto popular aberto nas ruas", caso Luiz Inácio Lula da Silva seja condenado pelos crimes de corrupção investigados na Operação Lava Jato. A organização de esquerda também divulgou mensagens onde afirma entender que "a burguesia" foi responsável pela derrubada do governo de Dilma Rousseff, e que uma eventual condenação de Lula significaria que o Judiciário brasileiro optou por "aprofundar o golpe". A declaração do presidente do PT no Rio de Janeiro é similar à realizada por lideranças do MST, por ocasião do processo de impeachment que levou à mudança no comando do Executivo.

Conforme reportagem publicada no canal Terça Livre, no Youtube, o presidente do PT no Rio de janeiro "prega 'confronto popular aberto nas ruas', em caso de condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro". O dirigente petista, Washington Luiz Cardoso Siqueira, teria afirmado que "condenar Lula sem provas é acabar de vez com a democracia. Se fizerem isso, se preparem. Não haverá mais respeito a nenhuma instituição, e este será o caminho para o confronto aberto nas ruas do Rio e do Brasil".

Durante o processo de impeachment que derrubou o governo Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações similares às do dirigente do PT no Rio de Janeiro. Lula afirmou que o acirramento da pressão política sobre Rousseff exigiria uma resposta do MST, organização que descreveu como um "exército". Vagner Freitas, presidente da CUT (organização sindical ligada ao Partido dos Trabalhadores), afirmou que os movimentos deveriam "pegar em armas, nas ruas", contra a oposição.

As declarações sobre um possível confronto, protagonizado pelas organizações ligadas ao PT contra as instituições de Estado e contra o Judiciário, é realizada em um momento que antecede a decisão final do juiz Sérgio Moro a respeito da sentença para Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação afirma que o ex-presidente se beneficiou em esquemas de corrupção que envolveram grandes empreiteiras, através do recebimento de propriedades, incluindo um sítio no município paulista de Atibaia, bem como um apartamento de luxo, no litoral. A defesa de Lula declara que o nome mais importante do PT não seria proprietário dos imóveis indicados pela Polícia Federal.

Veja na íntegra - reportagem do canal Terça Livre sobre a ameaça de "confronto aberto nas ruas", realizada po líder do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro:

domingo, 11 de junho de 2017

Nova onda de protestos ocorre na Venezuela

O regime venezuelano continua sendo abalando por grandes protestos populares que pedem o fim da ditadura de Nicolás Maduro - as manifestações ocorrem desde os últimos meses do governo de Hugo Chávez, e pioraram com o governo sucessório, que é visto com mais desaprovção e como mais violento. O portal G1 informa, em matéria publicada ontem, dia 10, que os protestos estão ocorrendo em diversas cidades do país. A agência AFP afirma que ao menos um jovem, de dezessete anos, foi morto na última semana pelo governo, durante uma das manifestações.

No sábado, dia 10, ocorreram confrontos na capital do país socialista, Caracas, após uma tentativa, iniciada pelos militares bolivarianos, de impedir a organização de uma demonstração popular contrária ao atual governo. O regime acusa os manifestantes de "planejarem um golpe de Estado", que teria apoio dos "Estados Unidos". Os participantes do processo contestam a administração em decorrência da grave crise alimentar que atinge o país e da forte repressão contra críticos do regime. Neste ano, em cerca de seis semanas de protestos, mais de 40 pessoas foram mortas. Apenas no mês de abril, conforme o veículo ABC News, 1.500 pessoas foram presas por participação em demonstrações populares contrárias a Nicolás Maduro.

A crise política é apenas parte do problema venezuelano, uma vez que o país já solicitou auxílio às Nações Unidas para solução da crise de abastecimento de itens básicos de consumo, como alimentos e remédios. Saques a depósitos de alimentos foram registrados em todo o país, desde o início da crise econômica, inclusive a redes de varejo controladas pelo governo. A administração tenta controlar o problema através da criação de sistemas de racionamento e instituição de trabalho forçados no campo, para funcionários dos setores privado e público - esta decisão foi duramente criticada pela organização não-governamental Anistia Internacional.

Uma das principais exigências do atual movimento de oposição venezuelano é a libertação do líder oposicionista Leopoldo Lopez - o governo justifica a prisão política acusando o mesmo de "sabotagem" contra o sistema bolivariano. Os protestos também são organizados para pressionar o governo a reduzir a violência contra a população e para exigir o fim do governo de Maduro, considerado mais abusivo do que o de seu antecessor.

Veja na íntegra - novo período de protestos na Venezuela:



Mais sobre o tema - crise de abastecimento provoca fome na Venezuela:

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