quarta-feira, 29 de março de 2017

Regime venezuelano pede ajuda às Nações Unidas para conter crise humanitária

A República Bolivariana da Venezuela pediu ajuda às Nações Unidas para o fornecimento de remédios e alimentos à população submetida ao regime socialista - Nicolás Maduro, sucessor do comandante Hugo Chávez no controle da república, declarou que a ajuda humanitária "é necessária para a contenção de graves problemas econômicos e sociais pelos quais a Venezuela passa". A população do país latino-americano passa por uma crise de abastecimeno de itens básicos como alimentos, itens de higiene pessoal e artigos médicos, desde o início da década.

Em 2016, a organização não-governamental Anistia Internacional denunciou o regime venezuelano por decreto que instituía sistema equivalente ao de "trabalhos forçados" para toda a população. Segundo a liderança do Estado socialista, a medida tinha como objetivo tentar auxiliar na produção de alimentos, que são escassos e já alcançam preços elevados na economia local, no comércio formal e no mercado negro, que o governo tenta conter. Outros esforços empreendidos pelo regime para evitar uma catástrofe humanitária foram a criação de fazendas estatais e o estabelecimento de cotas de consumo de alimentos por família, mas nenhuma das decisões foi capaz de evitar a atual crise.

O regime socialista não é o primeiro a precisar de auxílio da comunidade internacional - ao longo da década de 2000, a República Democrática Popular da Coreia (Coreia do Norte) também recebeu dezenas de toneladas de alimento, através de programas humanitários da ONU e do governo dos Estados Unidos. O mesmo ocorreu na Etiópia comunista na década de 80, sob o comando do ditador Mengistu Haile Mariam - o regime totalitário foi auxiliado pela campanha "We Are the World", que arrecadou recursos de diversos países com o intuito de aliviar a fome que assolou a população da nação leste-africana.

Em declaração pública sobre o pedido de ajuda às Nações Unidas, Nicolás Maduro qualificou a crise econômica venezuelana como "uma série de problemas econômicos e sociais" e como uma "guerra econômica".

Em vídeo - reportagem da AFP sobre o pedido de ajuda de Nicolás Maduro às Nações Unidas:


Mais sobre o tema - reportagem sobre a crise de alimentos na Venezuela:

quinta-feira, 16 de março de 2017

Sindicatos poderão ser multados em R$5 milhões por hora de greve, em São Paulo

Conforme a jornalista Joice Hasselmann, os sindicatos responsáveis pela articulação das greves nos transportes públicos em São Paulo deverão ser punidos com multas pela prefeitura - a colunista informa que a compensação deverá ser paga porque as organizações teriam "impedido que trabalhadores chegassem a seus locais de trabalho, que estudantes fossem às escolas e ainda provocaram um engarrafamento de 18 quilômetros na cidade". Hasselmann informa que a prefeitura irá cobrar multa no valor de cinco milhões de reais dos organizadores da paralisação.

As greves que afetaram o transporte público em São Paulo foram motivadas pelo projeto de reforma da previdência, discutido pelo governo brasileiro. As mudanças incluem o aumento no tempo de contribuição para todos os trabalhadores - de acordo com representantes do Executivo, a reforma é necessária porque o déficit da previdência pode provocar a falência do atual sistema de aposentadoria pública. A oposição, todavia, argumenta que a reforma não é necessária e que o Estado poderia utilizar melhor os recursos arrecadados, inclusive através da redução no número de cargos eletivos. Na opinião de oposicionistas conservadores-liberais, como Bernardo Santoro, colaborador do site oficial do Instituto Ludwig von Mises Brasil, a aposentadoria privada seria uma alternativa mais lucrativa para os trabalhadores, com possibilidade de rendimentos superiores aos oferecidos pela pública - ao se considerar a quantidade de tempo de contribuição.

Na opinião da colunista, a greve não teve como principal objetivo a pressão a favor ou contra aspectos da reforma, mas "trazer lucro político aos 'donos' dos sindicatos. Às grandes figuras que lideram os sindicatos. Os trabalhadores só têm a perder com esses chefes. O governo faz bem em aplicar multas, porque as organizações desrespeitaram até mesmo as determinações que tiveram o fim de assegurar que a população continuasse com acesso a um mínimo de possibilidades de transportes públicos, no dia do movimento. É por essa postura firme do novo prefeito que João Doria já é visto como um dos nomes mais fortes para a próxima corrida presidencial".

Para o Executivo de São Paulo, a decisão das organizações sindicais de fomentarem a paralisação dos transportes "foi mais grave por ter contrariado ordem judicial". A prefeitura destaca que irá aplicar multas de até R$5 milhões por hora, caso não sejam mantidos ao menos 70% dos veículos em circulação.

Veja na íntegra - Joice Hasselmann discute greve nas empresas de transporte público em São Paulo:


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