O Ministério Público Federal apresentou nova denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - o petista, que é acusado de ter sido beneficiado em esquema de corrupção que teria lhe garantido um apartamento de luxo no litoral paulista e um sítio no interior do estado, agora também é suspeito de ter favorecido empreiteiras em obras financiadas pelo BNDES. A oposição de direita argumenta que os recursos do banco público foram empregados em sistema de "caixa dois" do Partido dos Trabalhadores - a defesa de Lula nega as acusações, e afirma que o ex-presidente não participou das decisões do banco.
O jornalista Cláudio Tognolli e o ex-secretário de justiça Romeu Tuma Júnior afirmam, em livro publicado neste ano, que o Partido dos Trabalhadores utilizou de influência no BNDES para enviar recursos para países aliados da sigla, como Angola, Cuba e a Venezuela - as duas últimas nações teriam recebido preferência em razão de seu vínculo com a organização internacional "Foro de São Paulo", que liga grande parte dos movimentos da esquerda latino-americana, incluindo as FARC, o Partido Comunista Cubano, o Partido Socialista da Venezuela e o Partido dos Trabalhadores. Os recursos do banco público, de acordo com os autores, seriam então redirecionados para as campanhas do movimento brasileiro.
A atual denúncia inclui dezessete contratos firmados pela empreiteira Odebrecht para realização de obras em Angola. O ex-presidente, segundo o Ministério Público Federal, auxiliou a empresa brasileira a conseguir os contratos com o governo aliado, durante visitas ao país, durante o ano de 2010. As bases do sistema de corrupção investigado pelo MPF teriam sido estabelecidas no mandato, e os investigadores apontam que as irregularidades continuaram ao longo dos anos subsequentes.
Ao mesmo tempo, a acusação afirma que recursos foram enviados ao próprio ex-presidente através de palestras, organizadas pela empresa LILS. A companhia de apresentações executivas teria recebido quantias de dinheiro que, segundo os investigadores da Operação Lava Jato, foram enviadas para Lula como forma de pagamento por tráfico de influência. A defesa do ex-presidente afirma que todas as quantias recebidas pelas palestras foram contabilizadas de forma legal, e, quanto às acusações referentes ao BNDES, que o processo de tomada de decisões no banco público é feita de forma colegiada, portanto, sem possibilidade de ingerência da chefia do Executivo.
Mais sobre o tema - Joice Hasselmann discute tráfico de influência para desvio de recursos do BNDES:
A atual denúncia inclui dezessete contratos firmados pela empreiteira Odebrecht para realização de obras em Angola. O ex-presidente, segundo o Ministério Público Federal, auxiliou a empresa brasileira a conseguir os contratos com o governo aliado, durante visitas ao país, durante o ano de 2010. As bases do sistema de corrupção investigado pelo MPF teriam sido estabelecidas no mandato, e os investigadores apontam que as irregularidades continuaram ao longo dos anos subsequentes.
Ao mesmo tempo, a acusação afirma que recursos foram enviados ao próprio ex-presidente através de palestras, organizadas pela empresa LILS. A companhia de apresentações executivas teria recebido quantias de dinheiro que, segundo os investigadores da Operação Lava Jato, foram enviadas para Lula como forma de pagamento por tráfico de influência. A defesa do ex-presidente afirma que todas as quantias recebidas pelas palestras foram contabilizadas de forma legal, e, quanto às acusações referentes ao BNDES, que o processo de tomada de decisões no banco público é feita de forma colegiada, portanto, sem possibilidade de ingerência da chefia do Executivo.
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