terça-feira, 29 de novembro de 2016

Atlético Nacional abre mão do título para a Chapecoense

O clube Atlético Nacional, da Colômbia, abriu mão do título da Sulamericana 2016, como gesto de honra à memória da Associação Chapecoense de Futebol - o time catarinense perdeu grande parte de sua equipe, incluindo jogadores e o presidente da equipe, no acidente aéreo que provocou 75 mortes e deixou seis pessoas feridas. O gesto do time adversário foi considerado de nobreza exemplar na história das competições esportivas.

A Chapecoense era considerada uma equipe que conseguiu rapidamente se destacar no futebol nacional, apesar de ser relativamente jovem - o time foi fundado há 43 anos. Apesar de ser um time de médio porte, a organização era celebrada como uma das mais bem administradas no esporte nacional, e ficou conhecida, por exemplo, por pagar a primeira parcela do 13º salário da equipe já no final do primeiro semestre de cada ano. Os jogadores consideravam a disputa do título da Sulamericana a realização de um sonho e uma conquista que marcaria a história do futebol nacional, como feito notável de um time jovem e motivado.

O Atlético Nacional é o atual campeão da Libertadores, e já declara a chapecoense como a campeã da Sulamericana. O time colombiano emitiu nota onde "lamenta profundamente o ocorrido com a chapecoense e se solidariza com parentes e amigos das vítimas do acidente". O governo colombiano estabeleceu uma base de operações para resgate das vítimas, e conseguiu socorrer seis sobreviventes da queda do avião - entre eles estão três jogadores da chapecoense. O acidente também tirou as vidas de 22 jornalistas.

A queda já é considerada um dos maiores desastres ocorridos no esporte latino-americano - nas redes sociais estão sendo feitas campanhas para auxílio do time de Santa Catarina, que, em tão pouco tempo, conseguiu destaque e respeito entre as grandes equipes do futebol Brasileiro. As conquistas da equipe foram descritas como "motivo de grande alegria" para os habitantes da pequena cidade do Sul do Brasil, e a CBF ordenou que as bandeiras de suas sedes fossem hasteadas a meio-mastro em homenagem às pessoas vitimadas pelo acidente aéreo.

Mais sobre o tema - rede Globo comenta a decisão do Atlético Nacional de homenagear as vítimas com entrega do título à Chapecoense:

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Políticos brasileiros elogiam Fidel Castro - cubanos acusam regime comunista de racismo e de homicídios

Com a morte do ditador cubano Fidel Castro, lideranças de partidos políticos brasileiros fizeram diversos elogios à personalidade do líder e ao regime comunista caribenho. Cidadãos refugiados do país, por outro lado, denunciam a brutalidade do regime e os homicídios ordenados por Castro - o escritor cubano Carlos Moore afirma que Fidel foi um ditador "racista", que cordenou uma rede de campos de concentração, conhecida pela sigla UMAP. A comunidade de refugiados cubanos em Miami comemorou a morte da personalidade classificada como "um ditador sanguinário".

De acordo com Moore, que fugiu de Cuba em decorrência da perseguição racista, "Fidel Castro mandou prender os líderes religiosos negros e os jogou em campos de concentração. Várias dessas pessoas foram executadas nessa rede de campos de concentração [UMAP, ou 'Unidades Militares de Assistência à Produção]. Castro foi responsável por momentos horríveis, onde milhares e milhares de pessoas foram jogadas nos campos de concentração por se recusarem a abandonar suas práticas religiosas".

Carlos Llorens e Clàudia Pujol, dois escritores que fugiram do regime totalitário chefiado por Fidel Castro, afirmam que o sistema socialista aplicado no país foi responsável pela morte de mais de 80.000 pessoas, através de execuções, mortes por doenças nos campos de concentração ou mortes durante tentativas de fuga, conforme a obra "Dissidentes de Cuba: as vozes que Castro não pode calar". Os autores destacam que os campos da UMAP são empregados como fontes de mão-de-obra escrava e mesmo como ferramentas para silenciar pessoas que exigem a defesa dos direitos básicos do povo cubano.

A comunidade de refugiados cubanos em Miami festejou a morte de Fidel Castro, visto como o homem responsável pelo colapso econômico de Cuba e pelas milhares de mortes em decorrência da criação do regime comunista. Os dissidentes afirmam que Fidel Castro foi "um assassino", responsável por "fuzilamentos em massa". Os refugiados também comemoraram com as palavras de ordem "Viva Cuba Livre!" e "Fora Castros!". 

Assista ao comentário de Carlos Moore sobre a perseguição racista praticada pelo regime comunista cubano:


Mais sobre o tema - canal Terça Livre mostra cubanos comemorando a morte de Fidel Castro, ditador responsável por mais de 80.000 mortes:


Sérgio Moro denuncia medida que pode atrapalhar Lava Jato

Conforme o juiz Sérgio Moro, o projeto de lei que concede anistia aos políticos que praticaram “caixa dois” nos processos eleitorais é uma estratégia para interromper a Operação Lava Jato. A proposta legislativa foi denunciada pela Organização das Nações Unidas como uma “clara tentativa de proteger atividades criminosas praticadas por políticos”. A oposição de direita afirma que essa é uma medida que não tem precedentes em qualquer país democrático, e que a regulamentação tem potencial para reforçar a percepção de impunidade.

Sérgio Moro expressou sua preocupação com o projeto através de carta, sua preocupação com os reflexos da lei e com a propagação da ideia de que o crime é uma conduta aceitável: segundo ele, todo processo que concede anistia é arriscado, porque fomenta o desprezo pela lei e cria desconfiança para com a justiça – dessa forma, oferecendo risco mesmo aos princípios democráticos e à concepção de isonomia, resguardada pela lei máxima, a Constituição Federal.

O juiz responsável pela punição de corruptos envolvidos nos escândalos investigados pela Lava Jato também falou, em outras ocasiões, a respeito das tentativas de criação de leis que iriam penalizar membros das forças de segurança ou do Judiciário por "abuso de autoridade", cometidos contra acusados de desvios. A criação dos dispositivos de punição contra "abusos de autoridade" de juízes responsáveis por prender corruptos seria, para a oposição de direita, uma medida com o claro objetivo de intimidar servidores públicos que estivessem investigando crimes como os praticados por gestores de estatais durante as últimas administrações petistas. Os sistemas de desvio de recursos públicos e favorecimento de empreiteiras levaram à atual crise de endividamento do Estado brasileiro e ao virtual colapso financeiro da Petrobras, uma das maiores empresas do país.

Moro, em mais de uma ocasião, pediu que a sociedade permaneça em alerta e que se manifeste ativamente contra as tentativas de cobertura de ações criminosas praticadas pela classe politica - o juiz chegou a apelar, durante as investigações da Operação Lava Jato, para que a população fosse às ruas manifestar apoio à Policia Federal e ao Judiciário.

Mais sobre o tema - Joice Hasselmann comenta recuo do governo sobre a "anistia do caixa-dois":

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Editorial - A Polícia Federal e a humilhação da classe política

A república brasileira sempre foi o retrato da corrupção - o arranjo surgiu com um golpe militar, fomentado por disputas amorosas de um general com um protegido do imperador, e se manteve, ano após ano, com toda sorte de deformidade moral, fracasso político e até mesmo demolição civilizacional. A destruição da música e da literatura são sintomas da queda do país, patrocinada pela casta que usurpou a máquina governamental. Apenas neste momento, mais de cem anos após a fundação do novo modelo de Estado, a população "saudável" coloca os políticos em seu devido lugar, graças à atuação ferrenha das forças policiais.

Prisões de grandes nomes da política poderiam ser vistas como impossíveis, anos atrás. Hoje, há uma coletânea de nomes - dois ex-governadores de uma das maiores economias entre os estados da federação enfrentam a justiça, atrás das grades - que não para de crescer. É possível que um ex-presidente tenha de frequentar o cárcere, contra todos os apelos desesperados de uma militância fanática e que entende a corrupção como necessária ao projeto de poder. Mas o país resistiu, de alguma forma, à onda de degeneração, e está conta-atacando, como mostra nas manifestações e na conduta de profissionais que não têm medo das pretensas "autoridades".

Os dois governadores são o retrato da prepotência. Um deles pensava que falsificar dados de programas sociais (e desviar recursos dos projetos destinados ao povo) é conduta aceitável - este político agora grita, desesperado, para não ir para o lugar no qual merece ser jogado. Ele foi um homem considerado o "dono" de um dos maiores municípios do Rio de Janeiro - agora, é tratado, merecidamente, como criminoso comum, vigarista. É jogado em um dos hospitais públicos que administrou, e que foi incapaz de tornar minimamente aceitável para o povo carioca. Está provando o resultado de seu próprio fracasso, sofrendo com as penas que impôs aos mais humildes - como "nunca antes na história desse país".

Entre todos os homens que se consideravam "intocáveis" no país, o segundo se destaca pela brutalidade. Amigo do "ex-presidente réu", chegou a humilhar um menino pobre, de uma favela, que reclamou sobre a qualidade dos serviços públicos. Esse ex-chefe do Executivo estadual viveu como magnata, por meio do favorecimento de empresários corruptos, responsáveis por obras desastrosas e monstruosamente superfaturadas. A partir de agora, viverá como merece, no lugar adequado para almas tão deformadas que são capazes de roubar até mesmo dos mais frágeis. Este é um novo capítulo da História brasileira, que poderá mostrar que a nação possui homens justos e corajosos.

Sobre as prisões - Garotinho resiste à transferência do hospital para a cadeia:


Sobre o tema - o filósofo Olavo de Carvalho comenta as atitudes de Sérgio Cabral:


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Donald Trump: "vamos reconstruir nossa infraestrutura"

O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, em discurso, que pretende "iniciar um projeto de reconstrução e crescimento nacional", com uso, principalmente, de mão-de-obra americana. O republicano afirmou que um de seus principais objetivos é reativar a infraestrutura industrial e de transportes dos Estados Unidos, que, segundo ele, foi abandonada durante a administração Obama - a oposição conservadora ao governo democrata afirma que grandes regiões industriais do país, como no estado de Michigan, entraram em colapso, após décadas de políticas mal-sucedidas.

Uma das principais bandeiras do novo presidente é o retorno do isolacionismo norte-americano, ou a crença de que a prioridade dos Estados Unidos deve ser o desenvolvimento da indústria e o estímulo ao mercado nacional, com poucos esforços e investimentos destinados a regiões conturbadas distantes do continente americano, como o Oriente Médio - Trump acredita que a prioridade dos EUA, neste momento, deve ser o distanciamento do conflito na Síria e o fim do financiamento a grupos rebeldes extremistas. Conforme a oposição conservadora ao governo Obama, a administração democrata foi responsável por grande parte do financiamento ao Estado Islâmico, que seria utilizado para a derrubada de Bashar al-Assad.

Trump destaca, em seu discurso, que "o governo dos EUA deverá colocar os interesses da América em primeiro lugar - queremos deixar claro a nossos aliados que pretendemos lidar de forma justa com todos - com todos os povos e Estados. Nós buscaremos terreno comum - não provocaremos hostilidades. Buscaremos parcerias - não conflitos". Trump destaca que tentará atenuar a crise estimulada por Obama contra a Rússia - o governo democrata é acusado de tentar iniciar um conflito bélico com o regime da Europa Oriental, através das propostas de Hillary Clinton com o objetivo de instituir uma "zona de exclusão aérea" na Síria, que levaria a um confronto direto entre as forças aéreas da Federação Russa e dos Estados Unidos.

Para o novo presidente dos Estados Unidos, o que ocorreu foi uma "vitória histórica" - o líder compreende que as forças tradicionais da política americana foram derrotadas na disputa, e, através do processo, também foi imposta uma perda significativa aos apoiadores da ideologia classificada como "globalismo" pelo chefe do executivo. O "globalismo" é, para o presidente, a união de interesses dos movimentos "politicamente corretos" e de iniciativas que têm por meta a dissolução das soberanias nacionais, como a ONU.

Em vídeo - discurso de Donald Trump, disponibilizado com legendas em português pelo canal Matias Pasqualotto, do Youtube:

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Joice Hasselmann: "parlamentares querem enterrar a Operação Lava Jato"

De acordo com a jornalista Joice Hasselmann, parlamentares da base aliada e da oposição estão tentando restringir a capacidade da Operação Lava Jato através de medidas que favorecem investigados e podem até gaantir anistia a criminosos: a colunista afirma que "está ocorrendo uma tentativa de sabotagem parlamentar, que conta com assinatura de líderes de todos os partidos". Ela explica que a estratégia de conter a atividade da Polícia Federal ocorre através de "um substitutivo do PL 3636".

Para Hasselmann, "este projeto, de fato, acaba com os elementos mais essenciais para a continuidade da Operação Lava Jato. Após pressão realizada pelos movimentos democráticos, os parlamentares recuaram, ontem", apesar de ainda haver possibilidades de manutenção da estratégia. A análise de Joice Hasselmann frisa que os deputados podem tentar aprovar este dispositivo "na calada da noite", sem alarde, para que não haja comoção pública contra a tentativa de evasão dos líderes que buscam escapar da justiça.

Ainda conforme a jornalista, "os procuradores da Operação Lava Jato, há pouco, deram coletiva de imprensa para falar justamente desta tentativa de golpe contra as investigações. O que se passa é: como a estratégia foi publicada, uma vez que houve alarido, a classe política escolheu esse substitutivo para ser aprovado, em regime de urgência, com o intuito de efetivar o desmonte das atividades responsáveis pela identificação de escândalos e punição dos indivíduos responsáveis". A escolha da votação em "regime de urgência", conforme o entendimento da oposição de direita, se dá raramente, e, nesse caso, indica o interesse dos parlamentares em impedir a continuidade da Lava Jato.

A Lava Jato foi a operação policial que descobriu escândalos de corupção em uma das maiores empresas estatais brasileiras, a Petrobras - o sistema de desvio de recursos públicos usado na empresa de economia mista teve a finalidade de, principalmente, sustentar campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores. Ainda por meio da Operação Lava Jato, a Polícia Federal conseguiu investigar o papel do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva no sistema de corrupção - o político é acusado de ter recebido imóveis de construtoras envolvidas em grandes obras do governo como forma de pagamento de propinas.

Veja na íntegra o comentário de Joice Hasselmann sobre a tentativa parlamentar de restringir a Operação Lava Jato:

sábado, 5 de novembro de 2016

Tradutores de Direita: "Hillary e Estado Islâmico recebem investimentos de governos extremistas do Oriente Médio"

Em vídeo publicado no canal do Youtube "Tradutores de Direita", Julian Assange - fundador do site Wikileaks - afirma que Hillary Clinton e o Estado Islâmico recebem investimentos de um mesmo grupo de governos extremistas do Oriente Médio. Entre esses governos, estaria, como principal, o regime da Arábia Saudita, que segue a ideologia fundamentalista conhecida como "wahabismo". O vídeo foi originalmente divulgado pelo canal RT, do Youtube.

Conforme Julian Assange, um dos emails de Hillary, que pode ser colocado entre os mais reveladores, assegura que "o Catar e a Arábia Saudita financiam o ISIS [Estado Islâmico]. Esse dinheiro é enviado pelos governos da Arábia Saudita e do Catar. Eu acredito que esse email é um dos mais significativos em toda a coleção [de emails particulares de Hillary Clinton]. Isto é grave porque esses mesmos governos também possuem quantidades grandes de dinheiro investidas em grandes empresas de mídia e jornalismo". A acusação reforça as críticas feitas pela oposição ao governo Obama, que aponta a grande mídia americana como "cúmplice" dos movimentos totalitários similares ao Estado Isâmico.

Assange também declara: "todos os analistas políticos sérios sabem que até mesmo o governo dos Estados Unidos já mencionou ou concordou que alguns líderes do governo saudita têm apoiado o Estado Islâmico, têm financiado o Estado Islâmico. Mas a desculpa sempre foi: 'eram apenas alguns príncipes rebeldes, usando parte de sua renda do petróleo para fazer isso, mas o governo é contra'. Os emails particulares de Hillary, todavia, mostram que não é assim: é o governo saudita que financia esses movimentos, e o governo do Catar atua da mesma forma".

O fundador do Wikileaks acrescenta que "enquanto Hillary atuou como secretária de Estado, os Estados Unidos fizeram os maiores acordos de vendas de armas da História do mundo, com o governo saudita - foram vendas superiores a 18 bilhões de dólares". Ao mesmo tempo, de acordo com o vídeo, o governo extremista é um dos principais financiadores da candidata democrata.

Em vídeo - Julian Assange afirma que os principais financiadores do Estado Islâmico estão apoiando a campanha de Hillary Clinton: 

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