O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, em discurso, que pretende "iniciar um projeto de reconstrução e crescimento nacional", com uso, principalmente, de mão-de-obra americana. O republicano afirmou que um de seus principais objetivos é reativar a infraestrutura industrial e de transportes dos Estados Unidos, que, segundo ele, foi abandonada durante a administração Obama - a oposição conservadora ao governo democrata afirma que grandes regiões industriais do país, como no estado de Michigan, entraram em colapso, após décadas de políticas mal-sucedidas.
Uma das principais bandeiras do novo presidente é o retorno do isolacionismo norte-americano, ou a crença de que a prioridade dos Estados Unidos deve ser o desenvolvimento da indústria e o estímulo ao mercado nacional, com poucos esforços e investimentos destinados a regiões conturbadas distantes do continente americano, como o Oriente Médio - Trump acredita que a prioridade dos EUA, neste momento, deve ser o distanciamento do conflito na Síria e o fim do financiamento a grupos rebeldes extremistas. Conforme a oposição conservadora ao governo Obama, a administração democrata foi responsável por grande parte do financiamento ao Estado Islâmico, que seria utilizado para a derrubada de Bashar al-Assad.
Trump destaca, em seu discurso, que "o governo dos EUA deverá colocar os interesses da América em primeiro lugar - queremos deixar claro a nossos aliados que pretendemos lidar de forma justa com todos - com todos os povos e Estados. Nós buscaremos terreno comum - não provocaremos hostilidades. Buscaremos parcerias - não conflitos". Trump destaca que tentará atenuar a crise estimulada por Obama contra a Rússia - o governo democrata é acusado de tentar iniciar um conflito bélico com o regime da Europa Oriental, através das propostas de Hillary Clinton com o objetivo de instituir uma "zona de exclusão aérea" na Síria, que levaria a um confronto direto entre as forças aéreas da Federação Russa e dos Estados Unidos.
Para o novo presidente dos Estados Unidos, o que ocorreu foi uma "vitória histórica" - o líder compreende que as forças tradicionais da política americana foram derrotadas na disputa, e, através do processo, também foi imposta uma perda significativa aos apoiadores da ideologia classificada como "globalismo" pelo chefe do executivo. O "globalismo" é, para o presidente, a união de interesses dos movimentos "politicamente corretos" e de iniciativas que têm por meta a dissolução das soberanias nacionais, como a ONU.
Em vídeo - discurso de Donald Trump, disponibilizado com legendas em português pelo canal Matias Pasqualotto, do Youtube:
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