domingo, 28 de maio de 2017

Joice Hasselmann - "acordo com executivos da JBS foi leniente"

Em vídeo disponibilizado em seu canal oficial no Youtube, a jornalista Joice Hasselmann abordou o recente acordo de delação feito entre a justiça brasieira e os principais executivos da companhia JBS - de acordo com ela, "o acordo foi leve demais, quase um indulto". A colunista ainda afirma que os empresários ligados a escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato foram, em essência, autorizados a fugirem do Brasil e a se apropriarem dos recursos recebidos através do crime. O trecho foi publicado no último dia 25.

Joice Hasselmann acrescenta: "esses executivos roubaram, assaltaram a nação e agora estão em Nova York, gastando o dinheiro roubado, enquanto deixaram o Brasil em chamas. Devemos dar o 'parabéns' ao Janot [Procurador-Geral da República]. Tentaram fazer artigos explicando as razões que justificariam a leniência para com os executivos, mas há coisas que não podem ser explicadas - especialmente quando consideramos a proximidade entre os executivos da JBS e os envolvidos na decisão". Ainda de acordo com a jornalista, os empresários acusados teriam cometido outros crimes depois da delação, o que impossibilitaria o perdão aos delitos anteriores.

A colunista também afirmou que a ligação entre um dos ministros do STF pode ter influenciado a decisão pelo "perdão" aos crimes dos dirigentes da JBS: "falando do Fachin, o que está circulando hoje é aquela velha história, de 2015, da proximidade entre ele e Ricardo Saud - o delator da JBS. O ministro do Supremo e Saud eram 'unha e carne'. O executivo da JBS fez campanha para o Fachin, e foi pedir votos para os senadores - como a JBS tinha influência sobre a maioria dos senadores, foi possível solicitar o apoio à nomeação do integrante do Judiciário".

Hasselmann também discute, no vídeo, a decisão da Presidência da República que cancelou o uso das forças armadas para contenção das manifestações violentas na capital do país. A jonalista argumenta que foi "um erro não impedir os atos de violência e depredação do patrimônio público", promovidos por manifestantes de extrema-esquerda no principal centro administrativo do Estado nacional. Nos propestos, militantes lançaram explosivos contra policiais - um dos integrantes dos grupos em protesto perdeu uma das mãos, enquanto manuseava um rojão que explodiu antes de ser lançado contra as forças de segurança. Para Hasselmann, a decisão de usar as forças armadas na prevenção do caos "havia demonstrado a coragem do governo para usar o artigo 142 da Constituição, e prevenir mortes" ocasionadas pelos atos de violência de integrantes de movimentos paramilitares de esquerda.

Veja na íntegra - Joice Hasselmann discute termos da delação dos executivos da JBS:

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Agência Moody's melhora qualificação dos títulos da dívida brasileira

A agência de qualificação do risco de crédito prevê melhoria econômica no Brasil, em 2017

Uma das mais importantes agências de qualificação do risco de investimentos, a Moody's, melhorou um de seus indicadores sobre o Brasil, sugerindo expectativa de recuperação da economia em 2017. Conforme o jornal Folha de São Paulo, a agência "vê recuperação e melhora perspectiva para o Brasil". O portal G1 informa que a avaliação dos títulos da dívida do país foi aprimorada de "negativa" para "estável", o que sugere melhores perspectivas para os próximos trimestres. A agência, todavia, ainda mantém a avaliação de crédito do Brasil como "Ba2", que significa que o país está em categoria de investimentos de "especulação" - sem a mesma confiabilidade para honrar empréstimos que é percebida em nações com quadros econômicos mais estáveis e com menor endividamento.

A notícia é positiva e contraria a avaliação pessimista de outras agências importantes de avaliação de crédito, como a Fitch e a Standard & Poors - ambas rebaixaram a categoria de devedor do país, antes do agravamento da crise política e econômica que levou ao fim do último governo. O endividamento do país continua em escala significativa, mas já existe perspectiva de crescimento modesto do PIB, até o final do ano - fator que contribui para a avaliação positiva. O controle da inflação e a adoção gradual de uma política fiscal mais rigorosa também foram dados que contribuíram para o novo entendimento da Moody's sobre a capacidade do Brasil para honrar dívidas.

Para investidores, a qualificação emitida pela Moody's sinaliza que a economia brasileira está sendo estabilizada e pode se mostrar atraente para empreendimentos. A queda na inflação indica que o poder de compra do mercado consumidor permanecerá estável ou com tendência ao crescimento, e a gradual melhoria do quadro econômico indica que há menos possibilidades de uma mudança repentina de orientações políticas, comum em países que vivenciam crises severas. 

Conforme a Folha de São Paulo, a avaliação da agência, especificamente no que diz respeito à situação política, indica que há maior estabilidade política do que no último ano. O portal G1 acrescenta que, para a Moody's, a política econômica do novo governo mosta sinais de bom funcionamento e o quadro geral sugere solidez das instituições do país. A mudança na avaliação da Moody's é um passo importante na atração de novos investimentos - também é um sinal da gradual saída da crise, já considerada a pior desde 1929.

Veja mais sobre a Moody's - agência eleva nota de crédito da Petrobras:


Mais sobre recuperação da economia - setor agrícola impulsiona saída da crise:

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