A Bolsa de Valores de São Paulo terminou essa sexta-feira em alta - a razão é a melhoria do cenário externo e a nova política da administração da Petrobras, maior companhia estatal do país, responsável por movimentar a economia de grande número de cidades no litoral da nação. As ações da Petrobras tiveram alta superior a 3%, enquanto a bolsa subiu 1,06% - a atenuação da crise na empresa de economia mista decorre de um grande esforço de reduzir a alavancagem em suas operações, isto é, aumentar seu fluxo de caixa, em proporção aos recursos provenientes da venda de ações. A maior confiança dos investidores na estatal, assim como uma melhora nas previsões de uma possível crise na China, contribuíram para o dia positivo para o mercado brasileiro.
Os valores alcançados pela Bolsa de Valores de São Paulo hoje foram os maiores desde três de setembro de 2014 - a bolsa acumula, no mês de outubro, alta de 5,8%. Os papéis preferenciais da Petrobras tiveram valorização destacada - conseguiram alcançar os maiores níveis desde outubro de 2014. O valor desses títulos chegou a R$16,26. A melhoria da situação da companhia pode ser atribuída à nova gestão, que dá ênfase a reduzir o volume do endividamento, que não conseguia ser compensado com aumento expressivo nos ganhos, em grande medida como consequência da queda internacional nos preços do petróleo e dos altos custos relacionados à exploração do petróleo a grandes profundidades - proposta de atuação da empresa que, até o presente momento, não demonstrou eficácia econômica.
Companhias como as Lojas Americanas, a Embraer, o Bradesco e a CSN também auxiliaram nos resultados positivos observados hoje na Bolsa de Valores. A valorização dessas ações, todavia, é uma pequena notícia favorável, diante do quadro geral de estagnação - a economia brasileira só deverá a crescer de forma mais expressiva no próximo ano. As decisões por controle de gastos públicos contribuem, de modo geral, para a gradual melhora nas percepções dos investidores sobre as vantagens de investimentos no Brasil e sobre a estabilidade do cenário nacional.
Apesar da melhoria no quadro internacional, a situação na China ainda não é de estabilidade - estima-se que a economia do extremo-leste asiático possa sofrer com uma crise importante, nos próximos anos. Analistas entendem a desaceleração da segunda maior economia do mundo como um sintoma de uma nova bolha, também relacionada com o mercado imobiliário.
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