O lançamento bem-sucedido de um satélite de observação pela Coreia do Norte neste domingo provocou a ira do Japão e da Coreia do Sul, bem como dos Estados Unidos, que percebem a ação como um ensaio de uso de um míssil balístico de longo alcance - tecnologia também empregada para lançamento de ogivas nucleraes. O regime de Kim Jong-Un já foi acusado pela comunidade internacional por usar seu programa nuclear como arma de chantagem para obtenção de vantagens econômicas e ajuda humanitária - desde a grave crise agrícola que o país viveu na década de 1990, a nação comunista conta com ajuda dos Estados Unidos e da ONU para alimentar sua população.
Imagem: ABC News |
De acordo com a agência de notícias Reuters, o lançamento bem-sucedido do satélite poderá levar a ONU a aplicar sanções ao regime totalitário - o ato foi feito poucas semanas após o teste de mais uma arma nuclear pelo governo de Kim Jong-Un. O veículo de comunicação informa que a tecnologia necessária para colocar o satélite em órbita é exatamente a mesma utilizada para o lançamento de um míssil balístico contendo uma ogiva nuclear - a cada ano, as tensões militares aumentam entre o país recluso e os vizinhos, durante treinamentos militares conjuntos do Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. A Coreia do Norte nunca assinou um tratado de paz com a Coreia do Sul, apenas um armistício - tecnicamente, os dois países ainda estão em guerra, desde a década de 1950.
O governo da Coreia do Norte afirmou que o lançamento do satélite Kwangmyongsong-4, nomeado em homenagem ao ditador Kim Jong Il, foi um sucesso completo, Apesar da declaração oficial de que o artefato é um satélite de comunicação, nenhum sinal foi detectado, a partir do objeto, por qualquer um dos observadores internacionais. A agência de notícias informa que "mesmo que o regime norte-coreano não seja capaz de faze uso do satélite para telecomunicações, o teste lhes dá informações importantes sobre seus sistemas de mísseis", que podem ser empregadas em uso de armas de longo alcance.
Vídeo: lançamento do foguete, publicado pelo canal Russia Today (Youtube)
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