De acordo com o jornal Estadão, os procuradores resposáveis pela operação "Lava Jato" pediram, nessa sexta-feira, a investigação de suposto descumprimento do acordo judicial firmado por Fernando Antônio Guimarães Horneaux de Moura, ligado ao Partido dos Trabalhadores - delator de José Dirceu - e por outros delatores envolvidos no esquema de corrupção.
Imagem: Gazeta Web |
A promotoria alega que o empresário mentiu ao ser interrogado pelo juiz Sérgio Moro, e apresentou, em juízo, versão diametralmente oposta à que havia ser a verdade quando firmou o acordo judicial. O investidor e os outros acusados poderão perder todos os benefícios que seriam estipulados, com base no acordo. Os acusados de crime de corrupção ainda são suspeitos de terem cometido outros delitos, após a assinatura do acordo de colaboração com as autoridades.
Lula, líder mais importante do Partido dos Trabalhadores, irá depor no dia 14 de março como testemunha de defesa de seu amigo, José Carlos Bumlai, preso no atual escândalo. José Dirceu, outro importante nome da agremiação, que foi Ministro-Chefe da Casa Civil - cargo de confiança mais próximo ao presidente da república - durante a administração Lula, foi condenado, em 2012, a 10 anos de cadeia por arquitetar o esquema de corrupção do "Mensalão", que tinha por objetivo comprar votos de parlamentares, visando a aprovação de leis favoráveis ao partido governante.
José Dirceu foi guerrilheiro durante a ditadura militar brasileira, e recebeu treinamento através do regime comunista cubano. Na 17ª fase da operação "Lava Jato", o líder de esquerda foi preso novamente, por envolvimento no sistema de corrupção que possibilitou o desvio de 21 bilhões de reais da maior companhia estatal do país.
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