Em vídeo disponibilizado no último dia 10 em seu canal oficial no Youtube, a colunista Joice Hasselmann comentou a crise interna do PSDB fomentada pelas ações de Aécio Neves contra Tasso Jereissati. Hasselmann destaca que Aécio, apesar de protegido pelo PSDB durante os escândalos de corrupção nos quais esteve envoldido ao lado de Michel Temer, não hesitou em retirar poder de um dos principais dirigentes da sigla, para seu próprio favorecimento. O partido também se encontra dividido por duas facções - uma, favorável ao governo de Michel Temer, que pode não resistir na Presidência até as próximas eleições, e outra que defende uma estratégia oposicionista ao PMDB.
De acordo com Hasselmann, "Aécio mostrou claramente porque ficou no comando do PSDB, ainda que afastado [por envolvimento em escândalos de corrupção]. Aécio tentou sugerir que 'iria permanecer por apenas mais alguns meses', e que seria substituído em novas eleições para a liderança do partido. Tasso Jereissati era, então, o presidente do partido - havia uma clara divisão entre o grupo do partido favorável a Aécio, que pretende permanecer aliado ao governo Temer, e o grupo de Jereissati, que tem a intenção de se afastar da atual Presidência da República. Essa divisão existe desde o surgimento do escândalo que envolve Temer e Aécio [com grandes companhias do setor agropecuário]".
A jornalista critica a atuação de parlamentares e de integrantes do Judiciário, que permitiram a manutenção de Aécio em postos de poder: "Aécio só continuou no Senado porque o Supremo se acovardou. O Senado, que tinha tomado a decisão certa, para expulsar Aécio, simplesmente decidiu proteger o tucano, que também foi resguardado pelo PSDB. Ontem, Aécio deu o 'golpe' em Tasso Jereissati, tirando-o do posto de poder dentro do partido e criando a maior crise do PSDB desde o surgimento da sigla".
Veja na íntegra - Joice Hasselmann discute crise no PSDB com a disputa entre Aécio Neves e Tasso Jereissati:
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