quarta-feira, 11 de maio de 2016

Jovem que fugiu da Coreia do Norte critica apoiadores brasileiros do regime comunista

Yeonmi Park, uma jovem de 22 que conseguiu escapar do regime comunista da Coreia do Norte, criticou, em palestra, os apoiadores do Estado totalitário que vivem no Brasil e em outros países ocidentais. A sobrevivente afirma que "tem dificuldades para entender essas pessoas", e sugeriu que os simpatizantes do governo responsável pela morte de mais de três milhões de coreanos - apenas na década de 1990 - visitem a Coreia do Norte e que lá encontrem "a verdadeira felicidade". Em sua fuga, Yeonmi Park e sua mãe foram vítimas de violência física, psicológica e de abusos sexuais por parte de guardas de fronteira. 

A República Democrática Popular da Coreia é um dos útimos regimes comunistas - a maioria dos sistemas similares entrou em colapso no final da década de 1980 e no início da década de 90. Os países socialistas restantes sofreram grandes dificuldades econômicas com o fim da União Soviética, em 1991 - a Coreia do Norte passou por um episódio conhecido como "a grande fome", de meados da década de 90 até o início dos anos 2.000, onde morreram, conforme a organização não-governal Anistia Internacional, cerca de 3,5 milhões de pessoas. O Estado norte-coreano também é acusado de utilizar uma rede de campos de concentração para controle ou assassinato de opositores políticos - a Organização das Nações Unidas qualificou o sistema como "similar ao utilizado pela Alemanha nazista".

A palestrante Yeomni Park ganhou destaque no Ocidente após realizar campanhas para conscientização do público ocidental a respeito dos direitos humanos na nação socialista - a jovem entende que "a melhor forma de ajudar o povo norte-coreano é negar qualquer apoio ao governo de Kim Jong Un". Shin Dong-hyuk, um rapaz que também conseguiu escapar do país comunista, faz denúncia similar a respeito das torturas e assassinatos em massa conduzidos no sistema - o pai e a mãe de Shin foram assassinados em um dos campos de concentração do regime.

Veja o comentário de Yeomni Park a respeito dos simatizantes brasileiros do comunismo norte-coreano:



Mais informações - Shin Dong-hyuk, sobrevivente da Coreia do Norte, fala a respeito da vida nos campos de concentração do regime comunista. Os pais de Shin foram fuzilados no "Campo 14", onde o próprio Shin foi submetido a torturas e trabalhos forçados:

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