O mercado imobiliário brasileiro continua sofrendo as consequências da crise econômica e da perda generalizada no poder de compra, agravada pela inflação - o setor deverá permanecer sem confiança ou crescimento significativo em 2017, tendo sofrido perdas relevantes em 2016. No ano passado, conforme notícia veiculada pelo site jornalístico G1, houve queda média nacional de 3,2% nos preços dos aluguéis, e a situação deverá permanecer a mesma em decorrência da continuidade da inflação e da ineficiência das medidas econômicas adotas pelo atual governo para a superação do problema que á é comparado com a grande depressão da década de 1930.
O site oficial da revista Exame informa que apesar da queda na taxa básica de juros e de outras medidas anunciadas pelo governo para a contenção da crise, ainda não há perspectivas de melhoras no setor ou de elevação da confiança de investidores. A abordagem escolhida pelas companhias é de reduzir o número de recursos que gerem despesas importantes, controlando assim as proporções do passivo e assegurando que as empresas terão condições de honrar dívidas, no quadro de dificuldades econômicas vivenciado pela nação. No ano passado, ainda conforme a revista, no caso da companhia Cyrela, uma das maiores construtoras do país, houve queda de 66% no lucro líquido. As perdas também são vivenciadas por outras companhias do setor - algumas das quais alcançadas por recentes escândalos de corrupção, de que perderam apoio governamental que lhes assegurou crescimento artificial ao longo dos últimos anos.
A página G1 informa com destaque que, ao longo de 2016, o Rio de Janeiro - notório pelos preços elevados de aluguéis ou de aquisição de imóveis - registrou queda de 6,21% nos preços das locações, enquanto Salvador teve perdas de 4,46% e Belo Horizonte registrou uma baixa de 3,53%. O desemprego e a inflação colaboram para a manutenção do quadro ao longo dos próximos meses, levando as maiores companhias a evitarem o início de empreendimentos. Quedas nos preços de imíveis, na cidade que teve a maior elevação de preços nos anos anteriores aos grandes eventos esportivos, podem superar os 30%.
Conforme a reportagem veiculada pela Exame, uma estratégia do governo para atenuar a crise no setor imobiliário é a expansão do programa "Minha Casa, Minha Vida" para cidades menores, com população inferior a cinquenta mil habitantes. Apesar da queda no nível de renda da população brasileira, a administração entende que haverá melhorias na situação econômica até o final de 2017.
Mais sobre o tema - reportagem sobre a queda nos preços dos imóveis e aluguéis, veiculada pelo canal Mundotecnico, no Youtube:
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